Tenso.
Assim, acordei um pouco antes do despertador tocar. Tinha passado a noite fazendo chapinha, mas acordei e fui fazer denovo. Me enrolei mil vezes com maquiagem, coisa pro cabelo, jóias e acessórios, cor de roupa, cor de calçado, tudo combinando e tal. Hoje o dia prometia ter frio e sol, então eu tinha que aproveitar. Tava até com trilha sonora de tão perfeito que o dia tava! Fui bem bela pro cursinho, rindo da vida, bem tosca. Fiquei a aula toda olhando no relógio de segundo em segundo, encomodando o Matheus Rodrigues e tal... quando terminou a aula, eu saí correndo, fui no banheiro, dei um up, fui pra parada, passei na Panvel, comprei umas coisinhas, fui na ampm, não comprei nada, fui nas americanas e não comprei nada, atravessei a rua, fui até uma loje de doces e achei uma barra de chocolate branco, comprei e fui pra parada de novo.
(...)
Meu telefone começou a tocar desesperadamente, minha mãe tinha esquecido a chave em casa. Eu tava tão atordoada com algumas coisas, e muito triste também, que entrei no ônibus, passei o tri e fiquei esperando o cobrador me entregar o troco, ele ficou me olhando tri estranho aí eu entendi que a minha insanidade tava vindo à tona. Sentei no banco do ônibus e desabei! Eu nem fazia força, as lágrimas caíam sozinhas... Liguei pra Camila Lima e ela me ouviu bastante, a amo cada dia mais! Passei no trabalho do meu pai, falei com ele, vim pra casa e... tava tudo revirado na garagem! Olhei pra porta, ela tava me esperando pra abrir e ela escapar na fresta! Kikinha, Kikinha... rasgou um monte de jornal e sujou tudo! Coloquei ela no cercadinho denovo e vim pro quarto. Gravei uma música por puro impulso, mandei pro Martin Sippert por impulso também... continuei me resmungando aqui, me chorando pelos cantos, falando com a Camilinha direto. A confusão tomou conta da minha cabeça e tudo o que acontecia me deixava cheia de interrogações na testa -junto com as espinhas. Fui meio que contra vontade no ensaio, mas foi tri bom, pude conversar com gente madura, ouvir conselhos maduros pra sanar a minha imaturidade. Voltei bem pra casa. Minha garganta dói e eu não consigo comer nada.
Dia bom, dia mau, foi o meu dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
É sempre bom ter novos momentos... Fiquem à vontade, é uma honra lê-los.