quarta-feira, 16 de junho de 2010

15/06/2010

As portas estavam todas fechadas. Meu quarto fica no extremo oposto ao portão de entrada, mesmo assim, meu sono foi perturbado por gritos e palmas fortes. Caaartêro! Aí o meu subconsciente me disse: não, não é aqui. Se fosse, tu nem estaria ouvindo. Aí eu aos poucos fui voltando ao mundo real e percebi que realmente a correspondência era pra cá. Saí correndo de pijama, coloquei meu casaco e gritei na janela da sala pro cara não ir embora. Cheguei no pátio, assinei lá (devo ter escrito algo como Mickey Mouse ou Gilmore porque naquelas horas meu cérebro tava no travesseiro ainda), peguei a correspondência que era pro meu irmão -óbvio que pra mim não era, mas gosto de cartas, podem enviar queridos leitores.

Entrei em casa e liguei pra ele pra avisar da correspondência, ele me fez abrir (rasgar) a carta na hora e tentar ler o que estava escrito. Larguei alguma ironia e desliguei o telefone. Voltei pra cama e não consegui dormir, que bom! Vim pro pc e comecei mais uma manhã de Gilmore Girls. As pessoas sabem a respeito do meu vício por seriados, por isso, algumas delas não tem a paciência de saber o que vai acontecer e me perguntam. É legal pra mim... particularmente eu prefiro não saber e descobrir assistindo os episódios, mas gosto de contar, caso queiram ouvir. Acho um saco quando a gente não quer ouvir e as pessoas contam mesmo assim, anyway, paciência.

Fiquei aqui no pc com dor nas costas por toda a manhã praticamente. Testei a webcam do meu celular que é incrivelmente melhor do que a do meu computador (aliás, aceito web cam de presente, anotem na lista que já tá a muito tempo parada). Fiquei trovando com o Biel Rodrigues no msn e fui pedir o meu xis pelo telefone. Liguei pro Crisps, eram exatamente 11:45. Eles disseram pra mim que levaria no máximo 50 minutos pra chegar aqui em casa... achei demorado, mas ok. Minha mãe chegou, fui conversar com ela, sentamos na sala pra assistir Tom & Jerry e pra variar ela disse: eu tenho pena do Tom, o Jerry é malvado!  E ficamos discutindo o assunto por um tempo. O xis não chegava nunca e já fazia uma hora que eu tinha pedido, então mansamente eu liguei pro Crisps e disse: CADÊ O XIS QUE EU PEDI JÁ FAZ UMA HORA? Aí a cara-de-pau da atendente disse que tinha acontecido um imprevisto com o motoboy e que ia levar uns 10 minutos ainda. Aham, Cláudia, senta lá -diria a Xuxa. Minha paciência tava perdida, minha coluna tava doendo e a minha mãe tava fritando um ovo pra comer com pão preto -eca- porque o bendito xis não tinha chegado e ela tinha que ir trabalhar... Choraminguei, resmunguei...

Quando ela tava saindo com o carro, o motoboy chegou. Nem sei o que ela disse pra ele, mas sei que não deve ter sido legal... aí peguei o xis, o cara saiu de fininho com medo que de certo eu desse um tiro nele -vontade não faltava. O xis ainda tava quentinho, ou seja, ou o motoboy tinha um forno na moto, ou o imprevisto não foi bem com o motoboy... só sei que eu não ligo mais pro Crisps. Aliás, nem volto mais lá.

Comi com fúria, com raiva o meu xis... levou no máximo 5 minutos pra ele desaparecer das minhas mãos. Minha mãe, coitada, nem almoçou -exceto pelo sanduíche preto de ovo. Voltei a ver Gilmore Girls, baixei o E-book do Diário de Uma Princesa, desliguei o computador e fui ler na minha cama. Li um pedaço e caí no sono... em seguida meus vizinhos começaram a me atormentar com barulho de vuvuzelas -que no meu tempo se chamava corneta-, buzinas e gritos irritantes. Meu irmão chegou em casa querendo conversar e eu fui muito educada com ele, tanto que ele fechou a minha porta e saiu.

Essa movimentação toda se devia ao jogo do Brasil na Copa do Mundo (coisa pelo qual eu sinceramente não me interesso nem um pouco. Se ganhar, que bom, se perder, tanto faz). Meu pai chegou em casa e eu não consegui mais dormir. Voltei pro pc e fui assistir a outro episódio de Gilmore Girls, pra mim, um dos mais tristes... eu tenho a mania de entrar nos seriados de uma forma muito aprofundada, sou capaz de sentir o que os personagens sentem, isso me faz chorar com eles às vezes, ou sorrir, ou falar sozinha na frente do pc.

Terminei de ver e fui tomar banho, me arrumar pra ir no médico. Meus pais me levaram lá e eu fiquei lendo no e-book e ouvindo comentários da minha mãe. Eu ria a cada comentário, como se eu já soubesse o que ela ia falar, ou como que ela ia falar de quem. É engraçado...
Depois de algum muito tempo, o doutor me chamou. Conversou um pouco comigo, me fez tirar a blusa e olhou a minha coluna. Disse coisas legais sobre mim... tenho um corpo bonito, feminino, não exagerado. Sou quase uma musa -não, essa última parte é por minha conta. Me pediu um exame novo, detalhado e pra próxima semana -o que me lembra que eu ainda tenho que marcar- e receitou uma injeção -outra- pra aliviar o meu problema muscular.

Saí do consultório, encontrei o meu pai com um conhecido dele -sim, dele, não meu- e começamos a conversar, e como a Mariana se sente à vontade com todo mundo, ela acabou tomando a liberdade de dizer coisas que se diz pra conhecidos, não pra desconhecidos. Meu pai não disse nada na hora, mas em casa me deu sermão. Ai, desculpem, é o meu lado Lorelai Gilmore aflorado. Meus pais passaram em casa, levaram meu irmão pra igreja, depois minha mãe passou na padaria pra comprar algumas coisas e me levou na farmácia pra aplicar a bendita injeção. Pra variar eu fiquei fazendo fita, perguntando se ia doer, o quanto que ia doer, se eu ia desmaiar, se não tinha risco de alergia, que que eu ia sentir depois e atordoando o farmacêutico. Meu bumbum ganhou outra injeção e eu vim pra casa.

Fiquei uns instantes no pc, conversei rapidamente no msn com algumas pessoas, quando o efeito da droga começou a agir, eu comecei a tontear e ficar doidona. Aí resolvi deitar um pouco... logo em seguida meu celular tocou e eu tive que entrar no msn do celular mesmo pra conversar com outras pessoas. Eu não ia sair da cama de jeito nenhum. Odeio escrever pelo msn do celular, mas azar. Fiquei viajando no msn até uma meia-noite, depois vi algumas atualizações minhas, li bastante até uma hora e pouco e peguei no sono.

Dia bom, dia mau, foi o meu dia.

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